*por Roberta Faria Há tantos tipos de sorriso quanto de emoções. A gargalhada inesperada, que faz engasgar e sair o refrigerante pelo nariz (e depois gargalhar mais ainda pelo vexame). Risada de fazer lágrimas, queimar a barriga e torcer as pernas para não soltar a bexiga. Tem aquele risinho nervoso, de frio na barriga e vergonha, que dá em montanharussa e nos segundos antes de subir no palco. Tem o riso histérico também, meio grito, meio louco, meio bruxa má do leste. E riso de escárnio, debochado, de quem queria mesmo era estar chutando a canela. Tem quem ria chorando, no fim de filmes felizes (ou quando, apesar da desgraça, ufa, ainda sobrou uma piada). E sorriso sedutor, dado com o melhor ângulo e lançado com as pestanas meio baixas. Tem acesso de riso, que começa de bobeira, pega um, pega outro, e de repente todo mundo está se contorcendo. Sorriso amarelo para as ocasiões sem graça. O apaixonado, que vem suspirando. Sorriso só lábios esticados para as coisas simpáticas. Tem que...