Pular para o conteúdo principal

Ausência

Ando tão ausente, de forma que nem mais me reconheço. Ando nas ruas desligada, como se minha tomada tivesse sido arrancada. Estou ausente 'comigo, com todos'.

Esqueço tudo, às vezes até meu nome. Só não esqueço de viver, mesmo que esteja difícil. Estou tentando sobreviver!

Neste momento leio “Aprendendo a viver”, da minha querida Clarice Lispector. Ela é tão fantástica que escreveu uma de suas crônicas para mim, a “É preciso parar”. Ela é pequena e diz tudo: “Estou com saudade de mim. Ando pouco recolhida, atendendo demais ao telefone, escrevo depressa, vivo depressa. Onde está eu?

Preciso fazer um retiro espiritual e encontrar-me enfim – enfim, mas que medo – de mim mesma”.

Neste texto eu encontro muito mais respostas que imagino. Parece que não nasci para correria. Minha forma tradicional e romântica de viver não combinam com a robotização que o mundo está caminhando. Mas ‘pêraí’, eu estou indo pelo mesmo caminho. Não quero! Não desejo me aprisionar, sou livre, livre para amar!

Quero acordar cedo, sorrindo, cantando, talvez dançando. Mas no caminho que estou, será difícil. Estou precisando me recolher. Me conhecer mais, me amar. Só não sei por onde começar. Juro que se continuar assim eu jogo tudo isso para o alto, e vai adiantar. Eu vou melhorar. Eu vou...

Thayra Azevedo

Comentários

  1. vai sim! =)
    lindo textinho tha!!!!! fique bem! beijos

    ResponderExcluir
  2. Nati linda, obrigada pelo carinho sempre *-*. Pode deixar que vou melhorar. uhul \o/. Beijos, flor.

    ResponderExcluir
  3. Olá Thayra, mto bom texto.
    E com certeza vc irá melhorar, pode-se dizer que passamos praticamente pelo mesmo problema. ;)
    Boa tarde à vc!!

    ResponderExcluir
  4. Oi adoreei seu blog, os textos são muito legais.

    Beijo

    ResponderExcluir
  5. Oi Thayra?

    Com certeza é uma fase vai melhorar, continue lendo faz um bem danado nessas horas, amo Clarice.

    beeijoos!

    *.*Patty

    ResponderExcluir
  6. oiê! não se recolha, menina! vc é essencial ao mundo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Seu comentário é de suma importância. Ele será exibido após minha aprovação. Obrigada. Volte sempre. Thayra Azevedo

Postagens mais visitadas deste blog

Propagandas conscientes

Passeando pelos blogs da ‘vida’ me deparei com um post muito bom. É sobre algumas propagandas criadas pela WWF com objetivo de conscientizar as pessoas da importância de se preservar o planeta. São fantásticas as ideias olhe abaixo: A medida que o papel acaba, o verde da América Latina desarece. Essa é mais complexa de ser realizada. O outdoor da WWF alerta para o risco que o aquecimento global representa ao elevar o nível dos oceanos através da sombra projetada no cartaz. Esse anúncio utiliza o movimento da sombra no cartaz para demonstrar como o aquecimento global levará ao aumento do nível dos oceanos. Esse foi produzido pela divisão indiana da ONG. Mostra como os bichos têm sofrido com a indústria da moda Dá para refletir, ou não?

Para todo pé descalço há um chinelo velho

A expressão que dá título a este texto é muito usada quando falamos de relacionamentos amorosos. Pensando bem, ela é mesmo uma realidade. Todos nós temos uma “cara metade”, a “tampa da panela”, a “metade da laranja”, “a mussarela da pizza” e tantas expressões, que dá para ficar listando e inventando o dia inteiro. A razão de escrever sobre isto não é, de fato, relacionamentos amorosos, mas a de mostrar como é engraçado os diferentes gostos das pessoas. Calma, não é mesmo de namoros e afins que irei falar. O assunto aqui é defeitos e qualidades, como vou dizer.... Sabe a expressão “uns gostam dos olhos e outros da remela”? é mais para este caminho do que da “alma gêmea”. Mas porque o assunto é: “Para todo pé descalço há um chinelo velho”? Ué, porque eu vou falar de pé, também! Rs Em especial, dos meus pés. Rsrs Sabe aquele “defeitinho” que você tem, ou acha que tem, mas um outro ser é capaz de achar lindo? Não estou falando apenas de namorados, pais, irmãos, parentes e afins, me ...

A eterna incompleticidade

Ninguém é igual ao outro, Nenhum relacionamento se assemelha à nada, Nenhuma perda pode ser comparada Os seres são individuais e nada será similar, pelo contrário, toda troca é singular. Eu pensei que lidava bem com a morte, me enganei! Já passei por inúmeras perdas nessa vida, Nenhuma foi sentida da mesma maneira. A sensação é de eterna incompleticidade, Retirando os termos estranhos, é parte de você que vai e nunca mais vai voltar, um pedaço da alma impossível de se completar É sentir-se ausente até a eternidade. O que resta é aprender a viver, Ter uma ferida aberta Que só O Criador do tempo e o próprio tempo, especialistas na medicina da dor, podem ajudar a resolver.   11.02.2021 Thayra Azevedo   Poesia especial para Ananda Valente, eterna irmã de alma. E Maria Capitolina Santiago, minha eterna Capitu.