Pular para o conteúdo principal

Melancolia para um início de ano


Segundo dia do ano de 2012, parece que nada mudou dentro de mim. A passagem de um ano para outro não alterou a ordem das minhas emoções, parece até mesmo que não fez cosquinha.

Todo início de ano, é natural se fazer planos, traçar metas e desejar que muitos sonhos sejam realizados. Sonhar com mudanças, em começar aquela dieta que planejou por tempos, parar com algum vício, estudar, ler mais. Não importa, sempre se planeja algo. Já se passaram 24 horas que o ano virou e eu continuo exatamente da mesma maneira. Sem desejar, sem sonhar com o novo, sem sair do meu caminho. Me sinto estranha, me sinto diferente de todas as vezes que o ano virou, me sinto normal e encorajada a enfrentar a vida de peito aberto.

Sinto-me completamente certa do que eu espero para mim, me sinto madura, talvez, compreendendo que eu não preciso que o ano vire para eu desejar mudança, para eu começar a ser ou a pensar de maneira diferente, simplemente preciso que algo dentro de mim sinta-se motivado para viver uma grande transformação e é exatamente isso que vivo no momento, uma mutação enorme, que as vezes não me permite parar e desejar que os momentos bons se repitam em minha vida, sinto vontade do novo a cada momento, me sinto adulta.

Em 2011 eu chorei, cresci, vivi, me apaixonei, me apaguei e me desapaguei, mudei meus caminhos por uma escolha, e depois de meses vivo o reflexo desta escolha, que mudou anos em horas. Não consigo me ver mais como aquela que iniciou o ano de 2011. Doze meses se passaram e eu mudei junto com eles, a cada dia uma casquinha caia e dava lugar a uma nova pele, a uma nova pessoa e até a uma nova mulher.

Me olho no espelho e não vejo marcas da velha eu. Me surpreendo com minhas reações diante de situações que não imaginei passar. Me surpreendo com as minhas palavras seguras e maduras, principalmente com a ideia de que não quero retroceder e viver o que vivi antes, mesmo os momentos mais felizes, sinto vontade de viver daqui para frente o novo, pode ser com pessoas velhas, mas que sejam momentos únicos e novos.

Diante de tantas emoções pulsando em meu coração, me perco nas palavras, sem saber como dominá-las, me deixando dominar por elas. De mim não saem mais rimas coerentes, ou textos alicerçados, apenas sentimentos soltos que se transformam em textos ou em frases. Não estou perdida, não estou confusa, apenas estou entendo que amadureci, que posso voar sozinha e que não preciso que o ano vire para eu me sentir assim, quase completa e motivada a recomeçar!

E para o primeiro post do ano, digo para mim: “Bem vinda ao mundo adulto!”

Comentários

  1. Parabéns Thayra! Se redescobrir e se reinventar, acho que esse é o segredo.
    Bonito que se olhe no espelho e se veja diferente, se surpreenda. É bom sinal... sinal de que está viva!

    ResponderExcluir
  2. Renovação. Permanentemente. É isso.

    ResponderExcluir
  3. Jader, pois é querido... toda queda, mudança é completamente necessária... eu realmente me sinto outra pessoa ao me olha no espelho. Se redescobrir e começar é super importante! Obrigada pelas energias.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Seu comentário é de suma importância. Ele será exibido após minha aprovação. Obrigada. Volte sempre. Thayra Azevedo

Postagens mais visitadas deste blog

Propagandas conscientes

Passeando pelos blogs da ‘vida’ me deparei com um post muito bom. É sobre algumas propagandas criadas pela WWF com objetivo de conscientizar as pessoas da importância de se preservar o planeta. São fantásticas as ideias olhe abaixo: A medida que o papel acaba, o verde da América Latina desarece. Essa é mais complexa de ser realizada. O outdoor da WWF alerta para o risco que o aquecimento global representa ao elevar o nível dos oceanos através da sombra projetada no cartaz. Esse anúncio utiliza o movimento da sombra no cartaz para demonstrar como o aquecimento global levará ao aumento do nível dos oceanos. Esse foi produzido pela divisão indiana da ONG. Mostra como os bichos têm sofrido com a indústria da moda Dá para refletir, ou não?

Para todo pé descalço há um chinelo velho

A expressão que dá título a este texto é muito usada quando falamos de relacionamentos amorosos. Pensando bem, ela é mesmo uma realidade. Todos nós temos uma “cara metade”, a “tampa da panela”, a “metade da laranja”, “a mussarela da pizza” e tantas expressões, que dá para ficar listando e inventando o dia inteiro. A razão de escrever sobre isto não é, de fato, relacionamentos amorosos, mas a de mostrar como é engraçado os diferentes gostos das pessoas. Calma, não é mesmo de namoros e afins que irei falar. O assunto aqui é defeitos e qualidades, como vou dizer.... Sabe a expressão “uns gostam dos olhos e outros da remela”? é mais para este caminho do que da “alma gêmea”. Mas porque o assunto é: “Para todo pé descalço há um chinelo velho”? Ué, porque eu vou falar de pé, também! Rs Em especial, dos meus pés. Rsrs Sabe aquele “defeitinho” que você tem, ou acha que tem, mas um outro ser é capaz de achar lindo? Não estou falando apenas de namorados, pais, irmãos, parentes e afins, me

Flor de Lis, o filme

Este post aqui é de alegrias, sei lá, algo bom. No dia 4 de Fevereiro aconteceu o lançamento de um dos filmes mais esperados do ano para alguns cristãos, o "Flor de Lis, o Filme". Legal isso, então o Flor daqui vai falar do flor de lá. Este documentário é uma conquista, porque reúne artistas ‘renomeadíssimos’ contando uma história com a temática evangélica, retratando um verdadeiro acontecimento, com uma ótima trilha sonora, elenco de primeira, é um divisor de águas na história do drama no cinema brasileiro. Muito bacana. Tem trilhas sonoras com Bruna Karla, cantora gospel e Ministério Apascentar de Nova Iguaçu também evangélico. Não vi ainda, mas quero ver. O filme produzido por Marco Antonio Ferraz, conta a história verídica da vida de Flordelis, uma missionária que morava no Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro. Mulher de fibra e coragem, que lutou bravamente para abrigar e cuidar de 37 crianças abandonadas e as criou junto de seus quatro filhos biológicos