Pular para o conteúdo principal

Profissão Jornalista

Elaine Tavares “Para nós, jornalistas estar em comunhão com e comunidades não significa unicamente uma opção de vida, mas uma nova maneira de perceber o mundo, de ver o mundo onde estamos inseridos e de conceber o jornalismo”. Ovo voa? Depende de como o vemos. Se tivermos a delicadeza, a ternura de aquecê-lo, dele sairá um pássaro maravilhoso que nos levará na direção do infinito. A forma de olhar muda tudo. Pode ser só um ovo, frágil como um cristal, mas pode ser um pássaro, leve como um perfume. Ha coisas na vida que são muito delicadas, só percebidas pelo ocular do coração, diz o filssofo Newton Tavares. Assim também deve ser encarado o jornalismo. Como uma forma de leitura do mundo em que a boca não fique prisioneira apenas dos olhos. Num fato dado, há coisas que vão além daquilo que vemos. Um fato jornalístico não acontece por acaso, não surge do nada. Há muito por detrás. Wittgenstein dizia: daquilo que não se pode falar, cala-se. Pobre homem esse, prisioneiro dos olhos, incapaz de dar luz a uma estrela. Contra ele temos Umberto Eco: daquilo que não se pode falar, narra-se. Isso deve fazer o jornalismo, dizer o dizível e o indizível, ser capaz de ver o que está além dos olhos. Repito: nenhum fato acontece do nada, tudo tem uma causa e uma consequência. Conta uma história egípcia que o homem quando morre é levado até a ante-sala do Deus supremo, onde só há uma balança com dois grandes pratos. Em um deles, uma deusa coloca o coração do morto. No outro prato, outra deusa coloca um pena de galinha. A condição para que o morto entre na glória eterna é que os pratos da balança não se movimentem. É isso que se espera de um bom jornalista, pois para dizer o indizível é preciso leveza no coração, capacidade de superar os preconceitos, capacidade para aceitar o outro como outro - não diferente, mas distinto - capacidade de entender a delicadeza da raça humana.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Propagandas conscientes

Passeando pelos blogs da ‘vida’ me deparei com um post muito bom. É sobre algumas propagandas criadas pela WWF com objetivo de conscientizar as pessoas da importância de se preservar o planeta. São fantásticas as ideias olhe abaixo: A medida que o papel acaba, o verde da América Latina desarece. Essa é mais complexa de ser realizada. O outdoor da WWF alerta para o risco que o aquecimento global representa ao elevar o nível dos oceanos através da sombra projetada no cartaz. Esse anúncio utiliza o movimento da sombra no cartaz para demonstrar como o aquecimento global levará ao aumento do nível dos oceanos. Esse foi produzido pela divisão indiana da ONG. Mostra como os bichos têm sofrido com a indústria da moda Dá para refletir, ou não?

Para todo pé descalço há um chinelo velho

A expressão que dá título a este texto é muito usada quando falamos de relacionamentos amorosos. Pensando bem, ela é mesmo uma realidade. Todos nós temos uma “cara metade”, a “tampa da panela”, a “metade da laranja”, “a mussarela da pizza” e tantas expressões, que dá para ficar listando e inventando o dia inteiro. A razão de escrever sobre isto não é, de fato, relacionamentos amorosos, mas a de mostrar como é engraçado os diferentes gostos das pessoas. Calma, não é mesmo de namoros e afins que irei falar. O assunto aqui é defeitos e qualidades, como vou dizer.... Sabe a expressão “uns gostam dos olhos e outros da remela”? é mais para este caminho do que da “alma gêmea”. Mas porque o assunto é: “Para todo pé descalço há um chinelo velho”? Ué, porque eu vou falar de pé, também! Rs Em especial, dos meus pés. Rsrs Sabe aquele “defeitinho” que você tem, ou acha que tem, mas um outro ser é capaz de achar lindo? Não estou falando apenas de namorados, pais, irmãos, parentes e afins, me

Flor de Lis, o filme

Este post aqui é de alegrias, sei lá, algo bom. No dia 4 de Fevereiro aconteceu o lançamento de um dos filmes mais esperados do ano para alguns cristãos, o "Flor de Lis, o Filme". Legal isso, então o Flor daqui vai falar do flor de lá. Este documentário é uma conquista, porque reúne artistas ‘renomeadíssimos’ contando uma história com a temática evangélica, retratando um verdadeiro acontecimento, com uma ótima trilha sonora, elenco de primeira, é um divisor de águas na história do drama no cinema brasileiro. Muito bacana. Tem trilhas sonoras com Bruna Karla, cantora gospel e Ministério Apascentar de Nova Iguaçu também evangélico. Não vi ainda, mas quero ver. O filme produzido por Marco Antonio Ferraz, conta a história verídica da vida de Flordelis, uma missionária que morava no Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro. Mulher de fibra e coragem, que lutou bravamente para abrigar e cuidar de 37 crianças abandonadas e as criou junto de seus quatro filhos biológicos