Quando se fala de música, é difícil não lembrar dos músicos ambulantes. Homens, mulheres, famílias que ganham a vida distribuindo arte pelas ruas. São figuras certas em lugares como Paraty, Penedo, Visconde de Mauá, Conservatória, que podem ser hippies ou não. Em Volta Redonda já não se encontra mais esses artistas. O que se vê hoje são ruas vazias, sem a alegria das notas musicais que soaram aos ouvidos dos que passavam por ali, entre um passo e outro da correria do dia a dia. Estes artistas ficavam pela Vila Santa Cecília, cantando e esbanjando talento. Quando criança, me lembro de alguns que aos sábados se concentravam em busca de algum reconhecimento. Até pouco tempo um ainda permanecia, era um índio que cantava e encantava com sua flauta, e no fim do dia recebia alguns trocados. É inevitável não se questionar: onde eles foram parar? Talvez nossa cidade tenha mesmo perdido a cor e esses artistas se sentiram desvalorizados, ou talvez, existam poucos destes por aí, e VR não t