A vida corre tanto, em passadas tão largas, que minhas perninhas curtinhas nem sempre conseguem acompanhar. Passa de pressa feito trem, com destino desconhecido e um horizonte além. Aí depende de mim, contemplar a vista sem ação ou aproveitar cada intenso minuto com emoção. O relógio na parede do trem da vida faz tique e taque, meus olhos acompanham o percorrer dos ponteiros eu ainda estou ali, parada, preciso ir, me mover, acompanhar, correr, andar para poder alcançar. Seja para onde for, tenho que ir. Não posso ficar parada, inerte como se fosse figurante da vida. Aí entendo, nesta história eu que sou a protagonista. Não nego, não fujo, no entanto tem horas que eu desejo sair de cena, mas não dá, a realidade me quer, ela me persegue. Preciso me encontrar. É quando a paisagem do trem muda, de repente, o destino então fica mais desconhecido ainda é até descontente. Mas continua, não para. No caminho aparecem estações boas e estações escuras. Mas o trem continua, para não dizer que